Que mundo maravilhoso

sábado, 7 de maio de 2011

DIÁLAGO DE PAI E FILHO


Sábado 07/05/2011
 

Nesta data,  aproximadamente 10:00 da manhã sai a caminhar com meu filho Vinícius e antes de sentarmos embaixo  de uma árvore lhe perguntei:
 
- Qual é o seu nome?
 
- E o seu nome completo?
 
- Onde você mora?
 
- E o seu Telefone?
 
Ele respondeu todas as respostas corretamente.
Minha preocupação era dele se perder de nós pais ou vice versa, então na brincadeira fiz com que ele memorizasse o endereço e o telefone de casa e desde então orientei como proceder em caso de se perder. Ao caminharmos juntos no final de semana procuro sempre fazer-lhe essa pergunta pra ver se a resposta está na ponta da língua.
Após chegarmos à árvore, sentamos sob a mesma e lhe perguntei:
 
- filho, você sabe o que é um casamento?

- não.
 
- Um casamento é quando um homem e uma mulher moram na mesma casa e quando o homem começa a brigar muito com a mulher e a mulher começa a brigar muito com o homem tem que separar. O papai é casado com a mamãe e o papai e a mamãe briga muito e pra não brigar mais o papai vai morar em outra casinha.
 
- Você não vai morar nada você vai ficar aqui.
 
- Mas papai vai sempre vir todo sábado só pra brincar com você e ai agente só vai brincar, agente vai ao shopping, vai soltar pipa, vai só brincar.
 
- Você não vai morar em outra casinha nada, você vai ficar aqui comigo.
 
- Mas o papai briga muito com a mamãe e a mamãe briga muito com o papai.
 
- É só você não brigar com a mamãe que a mamãe não briga com você.
 
- O papai e a mamãe tentam, mas ai começa a brigar de novo. O tio Francisco morava com uma mulher e brigavam muito ai ele se separou e foi morar com o vovô ai ele não brigam mais, a tia Dalva morava com outro homem e brigavam muito ai separou e foi morar em outra casinha e não brigam mais e o papai vai morar em outra casinha pro papai e a mamãe não brigar mais.
 
- Você não vai morar em outra casinha nada, você vai morar aqui comigo porque você é o meu papai.
 
Fiquei em silêncio e em seguida ele falou:
 
- Se você for morar em outra casinha você vai apanhar.
 
Em silencio as lágrimas vieram em meus olhos e para não deixá-lo perceber falei-lhe:
 
- Vamos caminhar?
 
- Vamos!
 
Então seguimos a caminhar e enquanto isso como sempre, aproveitava para mostrar os pés de frutas ao longo do caminho, a casa dos cupins, explicando tudo sobre os mesmos e ao atravessarmos a rua orientando-o a olhar para os dois lados para não ser atropelado. Isso até chegarmos em nossa casinha, onde eu  aproveitava ao máximo  a fase de sua infância e agora o pouco tempo que lá teria com ele.


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